DO NADA, ALGO / Jaime Collier Coeli



Bibliotequinha Antropofágica, planificada sob um critério ferozmente brasileiro, foi o nome da coleção a ser iniciada com o livro Cobra Norato, nos fins da década de 20. Raul Bopp, seu autor, narra com elegância, numa edição (diminuta, só para os mais próximos) de 1956: “A arca antropofágica encalhou em São Paulo”... “E a Antropofagia ficou nisso, provavelmente anotada no obituário de uma época.” Acontecimentos literários posteriores encalharam nas redações de jornais, assessorias de comunicação oficiais ou de empresas civis e, na atualidade, uma só coisa une os literatos aos escriturários menos reconhecidos: a escassez de leitores, tiragens ínfimas. Do nada, algo coroa 85 anos de tiragens mínimas, com a certeza de ser out, também “provavelmente anotado no obituário de uma época”.

Jaime Collier Coeli - Nasceu em 1938 em Campinas (SP). Exerceu o jornalismo em São Paulo, Brasília, Goiânia e Rio de Janeiro. Publicou: Blindagem de miosótis (contos, 1977); Ei, amor, você também ama a realidade? (romance, 1983); Síndrome do anil (romance, 1999); Filosofia sem medo (ensaio, 2000); A saga de Nimuendaju (rapsódia, 2005); Banalidade (contos, 2014); Ignora(bi)mus (contos, 2017); Areeiro & grãos (poemas, 2019); Rumo da terra sem males (folhetim palimpsesto, 2020); Memorial de um sujeito de malícia (contos, 2021).

Serviço:

Do Nada, Algo
Jaime Collier Coeli

Scortecci Editora
Crônicas
ISBN 978-85-366-6466-8
Formato 14 x 21 cm
20 páginas
1ª edição - 2023
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