O CORAÇÃO INFARTA QUANDO CHEGA A INGRATIDÃO / José Antônio de Azevedo


Esta obra é uma Coletânea de Crônicas e Contos, objetivando os temas marcantes do pais como: as mancomunações políticas, a parcialidade da justiça, a doença do povo e o abrandamento da violência. Dentro desta ótica irônica critica os conchavos políticos; as injustiças da justiça; as empresas de convênio médico; as empresas financeiras; a ausência do Estado para governar, e por aí afora. Defendendo a pessoa idosa e a previdência social do Brasil como foco principal o autor discorre também sobre a evolução natural, observando toda a existência, desde a simplicidade dos caipiras rurais até as complexas elites urbanas; ao começar pela humildade dos caboclos até os intrincados conhecimentos dos cientistas biológicos e físicos nos estudos da lógica humana. Para sempre lembrar-se de suas ideias na defesa dos idosos, Maicro, personagem de um dos textos que compõem este livro e um dos muitos alter egos de José Antônio de Azevedo, se vale de uma estrofe de poesia escrita por Hilda Persiani:
Seu sorriso muitas vezes está ocultando
A lágrima sentida que traz retida,
A chaga, que o coração está dilacerando,
De uma ingratidão que nunca foi esquecida.
Nos contos e crônicas que fazem parte de O coração infarta quando chega a ingratidão, o autor reflete especialmente sobre a razão que leva os ingratos a agirem como tal e conclui que está assentada no amor a si próprios. Como se interessam apenas pela riqueza, poder e glória, utilizam-se dos velhos como escada, servem-se das pessoas enquanto produtivas para as descartarem quando perdem a capacidade de trabalho. Sem perder o senso crítico e a lucidez, José Antônio de Azevedo também explora as diversas maneiras que podemos envelhecer. Podemos ser velhos ou idosos; ser velho quando perdemos as esperanças e passamos a reclamar de tudo como se nada valesse a pena; ou idoso quando ainda descortinamos um novo porvir, transpondo janelas quando nos fecham portas. Tudo depende de como encaramos essa fase da vida e de como enxergamos nosso papel na sociedade, que se transforma com o passar do tempo, fazendo com que esta obra seja apreciada por pessoas de todas as idades.

José Antônio de Azevedo nasceu em 1935 em Ituverava (SP) e tem a cidade de Ribeirão Preto, também no interior paulista, no coração desde jovem. É auditor fiscal da Receita Federal do Brasil aposentado. Iniciou-se na vida literária aos 65 anos, quando começou a usar o computador como instrumento para escrever e arquivar seus escritos. Escreveu e editou de forma independente dois livros: Sentido da Vida (autobiografia) e Transição (romance). Agora pela Scortecci, em 2013, publica mais três livros: O Homem no Mundo, O Coração Infarta Quando Chega a Ingratidão e Comendo Fogo e Cuspindo Cinzas. Escreveu os textos Vivência Familiar e Criança Índigo, que foram publicados em antologias. Sua experiência de vida, somada à bagagem adquirida em seus estudos, resultou no conjunto cultural que lhe permite refletir de forma crítica sobre fatos reais, de abrangência familiar, regional, nacional ou internacional. Assim, expressa sua lucidez misturada à verdade que não se pode calar, conseguindo do leitor um despertar para a necessidade de mudanças.

Serviço:

O Coração Infarta Quando Chega a Ingratidão
José Antônio de Azevedo
Scortecci Editora
Contos
ISBN 978-85-366-3130-1
Formato 14 x 21 cm  
164 páginas
1ª edição - 2013
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