161: BOB DYLAN ENTRE PALAVRAS, PORTAL E PORTAS / luCastro



Inicio esta conversa desta maneira: “Hey, Mr. Dylan, may I have, please, your attention? Here is the ball 161”. Ao escrever esta novela, de cara questionei certos ângulos acerca da arqueologia lírico-literária de Bob Dylan. Ele realmente vendeu a alma? Foi um tido “salesman” quando fazia pelo mundo seus giros musicais? Caso sim, isso não afeta o mérito do seu “Nobel Prize” nem da medalha “Freedom”, recebida das mãos do ex-presidente Barack Obama, e muito menos seu lado humanista e o caráter autêntico de sempre ter sido ele próprio o sangue do seu “track”, inspiradamente extraído para capitalizar as negociações musicais no mundo das estrelas dolarizadas. Nem isso faz desmerecer seu grande potencial para chegar onde chegou. Portanto, ele não vendeu
sua alma.

Ao desenhar esta novela, martelei na mente certas curiosidades de nível popular: se o Bob não fosse o que é hoje, seria então um professor escolar, tal como certa vez afirmou? Qual é o paradeiro da guitarra de estimação? Quem deu a elza na sua Gibson J-50? Pode ter sido a Suze Rotolo? Nosso famoso lírico-cronista gostava, ao lado dela, de atirar nas estrelas e cozinhar para comer frango abatido na hora? O Bob de fato mereceu o prêmio Nobel de Literatura? Sabendo que suas palavras musicais abrem as portas para a verdade passar, e muitos ainda discordam disso... Do poeta lírico e cronista fisguei então três elementos especiais: as palavras, o amor e a alma, vinculados à música, para mutuamente anatomizá-los nesta novela às voltas do “luck number” residencial 161 da West 4th Street, Village, Manhattan, Nova York.

Bob Dylan entre palavras - Robert Allen Zimmerman renasce em Nova York no início dos anos sessenta, na chamada era da mudança da “inocência” para a era “dinâmica” dos Kennedy. Nesse contexto, ele se reinventa como Bob Dylan. Alguns flashes do seu autorretrato entre palavras:
“Se tivesse que começar tudo de novo, eu seria um professor de escola.”
“Conhecerei bem as minhas canções antes de começar a cantá-las. Elas provêm do folk e do início do rock and roll.”
(USA Today, 1997)
“Não sou um lírico meticuloso e não comparo um trabalho novo a um velho, pois isso dá dor no meu tendão de aquiles.”
(Rolling Stone, 2001)
“O escritor não escreve todos os dias porque ele faz o tempo para finalizar suas experiências. Escrevo rápido porque a inspiração dura pouco.”
(People, 1975)
“Comecei a escrever porque cantava.”
(Spin, 1985)
“Não existe amor na árvore da vida, mas sim na do conhecimento.”
(Songtalk, 1991)
“Quando você adentra na música, perde a identidade.”
(Playboy, 1978)

Obras do autor luCastro pela Scortecci Editora
Zerado
As introduções do pênis
O Museu da Menopausa
Os ossos das flores
O Hotel do Parto
O nu da recordação

Serviço:

161:
Bob Dylan Entre Palavras, Portal e Portas
luCastro

Scortecci Editora
Novela
ISBN 978-85-366-6542-9
Formato 16 x 23 cm
180 páginas
1ª edição - 2023
Voltar Topo Enviar a um amigo Imprimir Home