DONA BINHA / Jô Gomieiro

“Ao longo do tempo fiz alguns ensaios para começar a elaborar esse livro. E, provavelmente pelo envolvimento emocional, a tarefa acabava por ser adiada. Porém, nesse ano de 2025 estamos comemorando o centenário de nascimento da minha mãe. Decidi, portanto, que esse é o momento exato para essa homenagem acontecer.”
“Naturalmente cada ser humano tem seu processo único e individual, mas a experiência vivida por um pode, se aproveitada, encurtar o caminho do outro. Ou tornar o trajeto mais ameno.”
“A homenagem é para ela, mas o presente dei a mim mesma. Tive a oportunidade de, ao reviver cada instante, poder de novo estar com ela. Foi um imenso prazer. Foi uma verdadeira dádiva dos céus”.
Jô Gomiero
“Seu apelido [da minha mãe] era ‘Binha’. Quem deu? Seus quatro irmãos. Ela contava que quando era pequena seus irmãos, todos meninos, diziam que ela chorava muito, por qualquer coisa, aliás, como toda menina. Claro que eles deviam provocar e ela correspondia chorando. Então começaram a chamá-la de bobinha. Bobinha... Bobinha... Binha. Foi assim que ela ficou conhecida por toda a sua vida. Até seus pais a chamavam assim. Mas de bobinha Dona Binha não tinha nada. Só o nome. Casou-se aos 22 anos com meu pai, cujo apelido era Bilé. Ao longo de toda a sua vida juntos, formaram uma bela dupla: Bilé e Binha.”
“A minha sensação era a de que algo muito improvável estava acontecendo. Por que improvável? Porque eu sabia que Dona Binha não tinha características das pessoas que se entregam. Das pessoas que se submetem a depender dos outros. Das pessoas que não se importam em “dar trabalho” para quem quer que fosse. Como, aos poucos e ao mesmo tempo de repente, ela deixava de ser aquela mulher valente, que enfrentava as mais difíceis situações, que conseguia enxergar tudo com a clareza que a maioria das pessoas não tinham?”
Serviço:
Dona Binha
Minhas Doces Lembranças
Jô Gomieiro
Scortecci Editora
Biografia
ISBN 978-85-366-7045-4
Formato 14 x 21 cm
124 páginas
1ª edição - 2025