MARIA GRAVINA OGATA - AUTORA DO LIVRO "O SUMIÇO DOS OVOS DO MEU QUINTAL"

Maria Gravina Ogata é Bacharel e Mestre em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP) e Bacharel em Direito pela Universidade Federal da Bahia (UFBa). É doutora em Administração Pública pela Universidade Complutense de Madri (UCM). Nasceu na Itália, em Polignano a Mare, na região da Puglia, e emigrou com sua família para o Brasil/São Paulo, com a idade de dois anos. Viveu 38 anos na Bahia onde fez carreira no funcionalismo público estadual, ocupando vários cargos nas Secretarias de Planejamento e de Meio Ambiente. Com o nascimento dos seus netos, o desejo de escrever se tornou cada vez mais presente e publicou O amiguinho inesperado (Reino Editorial, 2016), O sumiço dos ovos do meu quintal (Scortecci, 2021) e, agora, A toca encantada dos lagartos (Scortecci, 2023). Publicou o ensaio histórico-social Os samurais alagoanos e a bambina paulista: migrar é preciso (Scortecci, 2018), que foi editado em língua italiana com o nome La bambina e i samurai brasiliani: una saga migratoria (Il Viandante, 2019), recebendo oito prêmios literários nesse país; e, por fim, As bambinas e os samurais brasileiros: uma saga migratória (Literare Books International, 2022). Maria Gravina Ogata mora no Brasil, em Cotia/São Paulo, e na Itália, em Montebelluna/Vêneto. Além de escritora, trabalha como consultora jurídica nas áreas de meio ambiente e recursos hídricos.

O Sumiço dos Ovos do meu Quintal
O livro conta a história que a autora vivenciou com seus netos, sete galinhas e um galo, todos reunidos na capa deste livro. Por causa do sumiço dos ovos das galinhas de seu quintal, nem sempre podia oferecê-los aos seus netinhos. Isso a deixava muito chateada. Ao revelar todo o mistério do sumiço desses ovos, a autora aproveita para contar como é possível comer ovos com geminha amarelinha e hortaliças saudáveis, cultivando um pedacinho de terra e reaproveitando tudo o que sobra em uma casa, mesmo morando perto de uma grande cidade. Esta obra da literatura infantil ilustra como é divertido ter animais domésticos e como os animais silvestres são importantes para o equilíbrio do meio ambiente. Trata-se de um livro que todas as crianças deveriam conhecer para viver em harmonia com a natureza.
 
ENTREVISTA

Ola, Maria Gravina. É um prazer contar, novamente, com a sua participação no Portal do Escritor.
 
Do que trata o seu Livro?
O livro trata da minha inconformidade em ver os ovos sumindo do meu galinheiro, diariamente. Eu queria comer esses ovos de geminha amarelinha e não conseguia, pois algum malfeitor chegava antes de mim e os pegava. Meus netos também queriam comer esses ovos e eu não conseguia oferecê-los. Demorei meses para descobrir o que estava acontecendo na minha casa, bem debaixo do meu nariz.
 
Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
Eu escrevi esse livro para os meus netos que, na época, estavam na faixa entre 3 e 16 anos. Eu queria que eles tivessem noção da importância da conservação da biodiversidade. A minha casa se situa nos arredores da cidade de São Paulo e é um privilégio poder contar com um terreno onde eu possa criar galinhas e ter uma horta. Tem também uma linda mata nos fundos do meu quintal, onde aparecem alguns animais silvestres. Mesmo sabendo que o gulosinho de ovos pudesse ser um desses animais, eu mostro no livro a importância deles na disseminação de sementes, na eliminação de pragas e no equilíbrio ambiental.
 
Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. O primeiro de muitos ou um sonho realizado?
A vontade de escrever livros para crianças se deve ao fato de ter netos, que me provocam com seus comentários e formas de raciocínio, sempre com aquela pureza das crianças. Além disso, durante a primeira fase da minha carreira profissional, fui professora de alunos da pré-escola e sempre me senti muito perto das crianças. Achei que poderia criar um mistério e, ao mesmo tempo, mostrar a beleza da natureza. Quanto à minha formação, sou bacharela em Direito e em Geografia, com mestrado em Geografia Física e doutorado em Ciência Política. Trabalho como consultora jurídica nas áreas de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Além de escrever livros infantis, publico ensaios histórico-sociais sobre questões migratórias. Meus livros tratam dos grandes movimentos mundiais de massa, com foco na imigração italiana e japonesa no Brasil. Publiquei livros com essa temática aqui e na Itália, país em que nasci, de onde migrei com dois anos de idade. Outro ensaio que acabo de escrever se refere aos traumas vividos durante o período da pandemia. Nessa obra são abordados os seguintes temas: a saúde como bem público global; as crises dos Estados nacionais, da democracia e do liberalismo; bem como as mudanças de comportamento, indicando que caminhamos a passos largos para uma nova era.
 
O que você acha da vida de escritor no Brasil: um país de poucos leitores e onde a leitura não é valorizada?
Considerando que o Brasil é um dos países mais populosos do planeta (com mais de 200 milhões de habitantes), não se pode dizer que aqui tem poucos leitores. Contudo, mesmo com a facilidade das redes sociais, não é fácil achar o caminho que leva o escritor até os seus leitores.
 
O seu livro merece ser lido? O que ele tem de especial capaz de encantar leitores?
O livro merece ser lido porque estimula a curiosidade, a importância de pesquisar antes de se tomar uma decisão, que o meio ambiente em equilíbrio tem grande importância para a nossa vida, além de saber que nós mesmos podemos produzir alimentos saudáveis.

Maria Cristina Andersen
Revista do Livro

Curta nossa página no Facebook
Facebook

Voltar Topo Enviar a um amigo Imprimir Home