IGOR ABDALA - AUTOR DO LIVRO " MISTÉRIO NO MORRO DO DIABO"

Igor Abdala é o nome literário de Igor Cezar Abdala Marini. É advogado, gestor escolar, especialista em Ciências Penais, mestrando em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional, atuante no ramo educacional desde 2018, nos seguimentos da educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, quando inaugurou o Colégio Particular Inovar Educacional, no município de Teodoro Sampaio-SP, onde também fica localizado o Parque Estadual Morro do Diabo.
 
O Mistério do Morro do Diabo
O Morro do Diabo, ou melhor, a Floresta da Vida, como carinhosamente era chamado, encantava a todos com suas árvores falantes, além de contar com a proteção secreta do quarteto de animais, liderados pelo pequeno Mico-leão-preto. Mas nem mesmo esses defensores foram capazes de cessar o avanço devastador do Carbonum, um vilão perigoso que queria deixar o mundo cada vez mais quente. Como o Agente Inovar, um super-herói sem poderes tradicionais, poderá ajudar nessa missão?

ENTREVISTA
 
Ola Igor.  É um prazer contar com a sua participação no Portal do Escritor.
 
Do que trata o seu Livro?
O livro retrata o Morro do Diabo, maior remanescente de Mata Atlântica do oeste paulista, que fica localizado no município de Teodoro Sampaio-SP. Uma floresta que serve de berçário para muitas espécies da fauna e da flora, algumas, altamente, ameaçadas de extinção. O Morro também é conhecido por abrigar o projeto de conservação do mico-leão-preto, um animal que havia sido declarado extinto e foi redescoberto em suas matas, por isso ele é considerado o rei da floresta na história. Os personagens do livro também fazem parte desse ecossistema. Além dessa realidade regional, o conto também aborda o cenário atual que o mundo inteiro esta vivendo com relação às mudanças climáticas, e como podemos contribuir para minimizar esses efeitos.
 
Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
A ideia surgiu durante as aulas do curso de mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional. Apesar de possuir um papel importante para a região, o Morro do Diabo é pouco explorado, por isso é importante disseminar a sua visitação. Lá, estudantes, pesquisadores e visitantes, podem compreender melhor a necessidade de manter um ecossistema, e os prejuízos indiretos que uma ação humana pode causar nessa cadeia, seja com o desmatamento, com as queimadas intencionais, com a poluição, e até mesmo, com o atropelamento de animais. Por isso, o livro surgiu buscando resgatar o pertencimento das crianças com as florestas, como algo favorável, ensinando que dependemos do meio ambiente sadio para superar os novos desafios impostos pelas mudanças climáticas. Esse público infantil hoje, será amanhã a nossa geração futura, que não poderá repetir os erros que cometemos no passado.
 
Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. O primeiro de muitos ou um sonho realizado?
Eu sou um constante aprendente, sou pai, advogado, especialista em ciências penais, mestrando, pesquisador e gestor escolar. Meus projetos sempre foram envoltos à pesquisa científica, nunca havia escrito um livro, apesar de ser um fiel contador de histórias, principalmente depois do nascimento da minha filha, que hoje em dia conta com mais de 15 anos de existência. Sem dúvida, ela trouxe de volta o mundo imaginário e encantado que existia dentro de mim. Este foi o primeiro de muitos, já estamos traçando um novo enredo voltado para o público infanto-juvenil, levando em consideração esse cenário de mudanças climáticas. Isto porque o mundo esta exigindo uma nova postura dos seres humanos, realmente precisamos mudar se quisermos manter a sobrevivência da nossa espécie, e a leitura, assim como a educação, assumem um papel primordial para essa mudança.
 
O que você acha da vida de escritor no Brasil: um país de poucos leitores e onde a leitura não é valorizada?
É mais um desafio a ser superado. Tudo faz parte de um processo cultural, uma cultura que vem sendo repetida ano a ano e, infelizmente, o cenário não é de valorização. Esse processo vem sendo superado paulatinamente, o que posso concluir, é que a maioria dos escritores escrevem por amor. É por isso, que apesar da missão ser árdua, jamais pode ser abandonada, pois a esperança em ter um mundo cada vez melhor e letrado, é o que nos move, e a sensação de poder contribuir com isso de alguma maneira é o que nos fortalece. Aprendi e vivencio isso, dia a dia, por conta da escola, e acredito que estamos caminhando para terrenos mais férteis.
 
O seu livro merece ser lido? O que ele tem de especial capaz de encantar leitores?

Com toda certeza. O nome é autêntico, representa o verdadeiro nome do Morro, apesar de não ser um nome muito pedagógico, mas as pessoas precisam conhecer o Morro do Diabo como ele é. Quem já o conhece, se familiarizará com suas páginas, quem ainda não conhece, sentirá vontade de conhecer, pois apesar do encantamento, busquei retratar no livro o que de fato existe no local. Podemos dizer que o livro é um verdadeiro convite à visitação, somado ao mundo mágico e encantado dos contos literários, percorrendo um problema global com um toque de superação, ao trazer para o enredo um super-herói desconhecido e sem poderes tradicionais, que encontra uma solução que pode ser produzida por todos.

Maria Cristina Andersen
Revista do Livro

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