LUIZ CARLOS LADEIA - AUTOR DO LIVRO "MAITÊ, NEBLINA E SILÊNCIO"

Luiz Carlos Ladeia é jornalista formado pela Faculdade de Jornalismo da FAAP, escritor e ocupante da cadeira nº 2 de Letras da Academia de Letras, Ciências e Artes (ALCA) da AFPESP. Nascido em Morro Agudo, interior do Estado de São Paulo, filho de lavradores, passou parte da infância na periferia guarulhense, e depois, no bairro Penha de França, em São Paulo, onde reside. Trabalhou na grande imprensa paulista e simultaneamente desenvolveu as suas atividades literárias. Maitê, neblina e silêncio é o seu décimo livro. Outras obras do autor: Troncos soltos na água; Os cristais de Magdalena Ríos, Quando florescem os gravatás; A várzea que eu vi; Quando as urnas dizem não; Uma serpente na janela; Vozes que a colina escondeu; Guatambu; e Passos de ontem (peça teatral vencedora do Prêmio Recife de Literatura 2008.

Maitê, Neblina e Silêncio
Baseado em fatos ocorridos nos anos 60 e 70, o livro mostra o drama de três mulheres sonhadoras, separadas pelas condições sociais e financeiras, na busca pela felicidade, algo muitas vezes inatingível quando os passos não acompanham a cadência da mente e do coração.
Maitê, Anahy e Bétula não percebem que, quando a vida começa a preparar surpresas, talvez tenha chegado a hora de entender que esse processo tem um nome: Destino. É ele quem determina o roteiro, seleciona os desafios e despeja pedras nos caminhos. Paciente, impiedoso, mordaz, ele não age, ele espera.





ENTREVISTA

Olá Sr Luiz Carlos. É um prazer contar com a sua participação no Portal do Escritor.

Do que trata o seu Livro?
É um romance que narra a vida de três jovens mulheres que, cada uma a seu jeito, tentam buscar a felicidade, mas esbarram nas armadilhas que o destino nos prepara. A estória parte de uma morte misteriosa que ocorreu na Via Anchieta onde o autor mistura realidade e ficção e, de maneira sutil denuncia uma trama que existia nos bastidores policiais. Sem querer jogar por terra o prestígio da Instituição, o livro enfatiza as punições impostas aos infratores de modo a preservar o bom nome e a tradição. Ao mesmo tempo, dá espaço para a perseguição à felicidade por parte de três mulheres sonhadoras.

Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
Nos anos sessenta ocorreu um acidente na Via Anchieta. Durante várias décadas o fato foi encoberto e tido como uma morte misteriosa. De posse de algumas informações privilegiadas, o autor aborda o assunto e vários outros, simultâneos, que nos permite traçar um quadro do que ocorria na Baixada Santista, principalmente envolvendo a parte podre de uma corporação policial.

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Maitê, Neblina e Silêncio é o meu décimo livro publicado. Somado a isso, escrevi três outros como ghost writer e tenho mais três prontos e um em fase de conclusão. O primeiro nasceu de uma conversa com um dos meus filhos. Depois de narrar alguns acontecimentos ocorridos no Vale do Ribeira, eu citei o fato para o menino e perguntei se aquilo não era bonito. Mais do que depressa ele respondeu que não. Sem querer provar nada, eu escrevi o romance Troncos Soltos na Água. Depois, ganhei o Prêmio Literário Cidade do Recife, em 2008, com a peça teatral Passos de ontem. Outro livro, o romance Guatambu, foi o segundo colocado no 50°. Prêmio Bunkyo, promovida pela colônia japonesa no Brasil. Estou inscrito para concorrer ao Prêmio Jabuti 2024 e ao Prêmio Manaus de Literatura. Estive em três bienais e na Flip, em Paraty.

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?

Muito difícil e, em muitas oportunidades, decepcionante. Não bastasse a falta de incentivo por parte do governo, o hábito da leitura é praticado apenas em um segmento muito pequena da sociedade. Esse é o maior desestímulo que os escritores sentem. Somado a isso, as grandes livrarias são cruéis quando se trata de expor trabalhos de autores desconhecidos.

Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
O meu primeiro livro publicado pela Scortecci foi em 2008 e recebi a indicação de uma amigo jornalista, já falecido.

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Os fatos narrados, em sua maioria foram mantidos, excluindo-se e substituindo-se os nomes verdadeiros. Numa abordagem rápida, percebe-se que alguns acontecimentos parecem jogados aleatoriamente. No entanto, tudo foi planejado para que o leitor tenha uma noção do que ocorria na unidade policial que é citada.

Maria Cristina Andersen
Revista do Livro

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