LAIRTE SOUZA - AUTORA DO LIVRO "VIVÊNCIAS"

Lairte Souza é o nome literário de Lairte Oliveira Souza
Nasceu em Serrinha (BA) em 1970. Formada em Artes Plásticas pela Escola de Belas Artes (EBA) da Universidade Federal da Bahia (UFBA) em 1998, é servidora pública do Judiciário Federal desde 1993. Estreou com Poemas Contos Crônicas, publicado em 2021. Vivências: Poemas, Contos e Crônicas, seu segundo livro, reúne o conteúdo do primeiro somado a escritos inéditos que se relacionam. Divulga sua produção literária no blog lairtepoesiaearte.blogspot.com., na Revista Bibliocanto, do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), e Anajustra Cultural.

Vivências: Poemas, Contos e Crônicas
Este livro fala sobre a solidão da mulher moderna, tão cheia de realizações e tão só, abrindo seu coração para o leitor através dos Poemas, numa linguagem simples em forma de prosa, oferecendo uma leitura prazerosa, leve e ao mesmo tempo autêntica e emocionante. Questiona as próprias ações numa tentativa de compreender a si mesma, trazendo à luz uma personalidade atípica. Mistura o imaginário com o real nos Contos e Crônicas. Quase toda a produção literária foi realizada durante a pandemia: 2019/2021 e outros textos são mais recentes: 2022/2023.





ENTREVISTA

Olá Lairte. É um prazer contar com a sua participação no Portal do Escritor

Do que trata o seu Livro?
Na primeira parte, de Poemas em forma de prosa, trago muito sobre minha solidão naquele período de pandemia da covid-19; às vezes desalento, noutras uma vontade grande de viver tudo que não havia vivido até então, navegando entre fantasias e nostalgia do passado; da solidão daquela mulher moderna, tão cheia de realizações e ao mesmo tempo tão só (O amor a me contemplar, entre outros); o sofrimento da perda (Fragmentos/Perda de uma filha). Busquei incessantemente através das palavras encontrar respostas que explicassem meu jeito tão atípico de ser, desde a infância, pois sempre houve um mundo à parte, ao qual eu assistia à distância, muda e sem expressão suficiente para ser compreendida. E para minha surpresa consegui transferir muitos dos meus sentimentos para o papel, deixando-me levar pelo que de mais íntimo podia sentir, em cada folha, a cada questão existencial refletida, para que o verso saísse da forma mais genuína possível. Era preciso se despir de qualquer pudor, e eu o fiz.
Na segunda parte, de Contos e Crônicas, escrevi sobre histórias reais (a exemplo de Um menino homem), e ficção baseada em lembranças do passado (Um dia no Parque, dentre outras), ou inspirada em pessoas com quem convivi, ou coisas divertidas que ouvi e mereciam ter uma bela estória criada e registrada.

Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
Foi a mensagem de que poderia morrer na pandemia. Aquela sensação de fim do mundo. Eu precisava preencher o tempo para não enlouquecer. Era muita inquietação. Decidi tomar coragem e arriscar. Deixar o perfeccionismo e a insegurança de lado, que só nos atrapalha e impede de produzir. Criei o blog: lairtepoesiaearte.blogspot.com e comecei a compartilhar com amigos, colegas de trabalho, também no Bibliocanto/TRE-BA e na Anajustra Cultural. Acredito que meu livro é mais indicado para o público adulto, psicólogos, terapeutas, atípicos....

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Ahh... eu sou uma longa história. Acima já deixei muitas pistas. Melhor não revelar tudo de mim... Oficialmente sou Servidora Pública Federal, Artista Plástica formada pela UFBA e gosto de dizer sonhadora, Poetisa/ Contista/ Cronista iniciantes. Filha de agricultores, caçula de doze filhos de Catarina e Aurelino (meus pais). Fruto de cantigas de roda, cavaquinho e batalhões, casa de farinha...
Acredito que a minha bagagem mais pesada eu deixei ali naquele livro. Encontrei algumas respostas. Agora sigo mais leve. Se algo me inspirar, ou tiver uma história/estória muito boa, continuarei escrevendo, sim. Inclusive já faço isso no meu blog.

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Fico desolada com o valor do nosso trabalho, se fizermos uma comparação com outros produtos/serviços do dia a dia (1h de manicure é o valor venal do meu livro, só citando um exemplo).
Acredito que o brasileiro admira os livros, os escritores, mas o trabalho ainda é a prioridade. Livros técnicos necessários para o trabalho têm prioridade aos livros de ficção, poesia. Eu entendo. Há muita campanha de incentivo à leitura na tv, escolas. Não é isso que falta. Penso que é preciso ter dinheiro para o básico, conforto, para então comprar livros como o meu (não didático/escolar). E também trazer consigo o desejo de algo além do prático: a fantasia, vontade de refletir sobre questões existenciais, aquela inquietação que faz a gente buscar respostas para além do nosso próprio mundo. Talvez só um pequeno número de pessoas carregue isso consigo, o que explicaria um outro motivo da pouca procura. Eu não as culpo, e isso não é defeito em uma pessoa. Eu até admiro.

Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Através de uma escritora, minha conterrânea, chamada Margarida Maria de Souza.

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Às vezes chega a ser uma cura quando lemos um livro com o qual nos identificamos, e acredito que muitas pessoas irão se identificar com Vivências: Poemas, Contos e Crônicas. Transformando dores, alegrias, amores em Poesia.
Ademais há também o atrativo de serem textos curtos, sintetizando o que precisava comunicar, como eu prefiro, como leitora.

Maria Cristina Andersen
Revista do Livro

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