ZULEIKA DOS REIS - AUTORA DO LIVRO "HIDRA INOFENSIVA PARA HEROÍSMO NENHUM"

Zuleika dos Reis, paulistana, estreia na literatura com Poemas de Azul e Pedra (1984). Em 1989 publica Espelhos em Fuga, pela Editora Objetiva; em 2008, Flores do Outono (tankas) pela Editora Arte Pau Brasil e, em 2016, Hidra Inofensiva para Heroísmo Nenhum (contos). Participa de As Quatro Estações, haicais (1991), e da Antologia do Haicai Latino-Americano (1993), coletâneas publicadas pela Aliança Cultural Brasil-Japão e Massao Ohno Editor; também de Natureza – Berço do Haicai (kigologia e antologia), 1ª edição em 1996, livro-referência para haicaístas, organizado por H. Masuda Goga e Teruko Oda; em 2006 obtém o primeiro lugar no 18º Encontro Nacional de Haicai. Sua poesia é apresentada por Nelly Novaes Coelho no Dicionário Crítico de Escritoras Brasileiras (2002), pelo selo Escrituras. Boa parte do seu trabalho em poesia e prosa está nos sites Recanto das Letras e PALAVRAS, TODAS PALAVRAS.

Hidra inofensiva para heroísmo nenhum
Livro de contos? Alguns textos, creio, podem ser classificados assim. Livro de crônicas? Há textos que o são, crônicas; outros tantos, prosa poética. De vários posso afirmar que não pertencem, claramente, a gênero específico. Relatos ficcionais? Pura miscelânea? Talvez embrião de romance que, na quase totalidade dos escritos, os mesmos personagens reaparecem, a comporem um mosaico, ou um vitral, ou evanescências, como imagens de caleidoscópio. Embrião de romance, coletânea de textos degenerados,  isto é, nada sendo, desde o título, Hidra inofensiva para heroísmo nenhum.




ENTREVISTA

Olá Zuleika. É um prazer contar, novamente, com a sua participação no Portal do Escritor

Do que trata o seu Livro?
O Hidra Inofensiva para Heroísmo Nenhum tem como tema central as relações amorosas, seus impasses, seus dilemas existenciais.

Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
Esse livro tem muito de autobiográfico, admito que foi escrito, antes de tudo, por uma necessidade catártica. Claro, quando digo autobiográfico isso não o restringe a tal categoria, que há muito de ficcional nele, a começar pelos nomes dos personagens. Livro de contos, crônicas, prosa poética, textos que se sucedem em tempo não-linear; livro que eu defino como romance em fragmentos. Destina-se ao público adulto.

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Não posso dizer que tenha projetos no mundo das letras. Em 1984 publiquei meu primeiro livrinho, semi artesanal, o Poemas de Azul e Pedra, cuja existência nem consta mais no Google. Em 1989 publiquei Espelhos em Fuga, também de poesia. No século XXI, mais quatro de poesia e com o atual Hidra... dois de prosa. A ação de escrever esteve sempre presente, lembro-me de um poema escrito aos nove anos. Seja como for, nunca pensei em construir uma, digamos, carreira literária.

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Escritor profissional é condição para bem poucos e mesmo esses têm outra profissão que, via de regra, lhe traz o sustento.
Como a própria pergunta já explicita, um país de poucos leitores e onde a leitura não é valorizada, um país onde livrarias são fechadas a todo momento, onde a Educação e a Cultura são tratadas como subprodutos, onde se falar em futuro promissor é sempre algo bastante problemático.

Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
O trabalho editorial e gráfico da Scortecci são presenças na mídia já há muito tempo. No meu caso pessoal segui os passos de Jorge Lescano, meu amigo e companheiro, que publicou seus livros na Scortecci, Jorge Lescano a quem, aliás, ofereço este livro, in memoriam.

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Todo autor, em princípio, crê que seu livro mereça ser lido, que ele possa acrescentar algo. Não sei se o Hidra... tem o poder de encantar, é um livro de narrativa densa, que descreve emoções contraditórias, conturbadas. Espero que sua leitura se inscreva em um campo de interesse para seus leitores.

Maria Cristina Andersen
Revista do Livro

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