ARLINDO MARQUES - AUTOR DO LIVRO "ALMANAQUE"

Arlindo Marques é Pinheirense de nascimento, conta que na infância teve dois lares: o grupo escolar Alfredo Bresser pela manhã e a rua de terra, Ferreira de Araújo, à tarde, onde, descalço, jogava futebol e bolinha de vidro, rodava pião, empinava papagaio, subia em árvores e brincava de Tarzan. Em junho, nas festas de São João, as mais queridas e aguardadas, havia fogueiras, balões, pipoca, bolo de fubá, batata-doce assando nas brasas das fogueiras e pinhão. Naquele tempo balões não eram proibidos e disputava-se para ver quem fazia os maiores, os mais coloridos, com lanterninhas acesas penduradas e variados formatos: almofadas, pião, careca de padre, bola, zepelim, mexerica etc. Para as crianças nada era tão emocionante como ver a mágica de um balão subindo ao céu e aos poucos transformar-se numa estrela e desaparecer. Passada a infância, veio a adolescência e as responsabilidades, a primeira namorada e o primeiro beijo, cursinho para fazer vestibular, estudos e mais estudos. Prestou vestibular em Uberaba (MG) para Medicina e Odontologia. Tendo ouvido da mãe o conselho: Forme-se dentista, meu filho, pois é também uma linda profissão, formou-se cirurgião-dentista em 1962 pela Faculdade de Odontologia do Triângulo Mineiro. Passados sessenta anos, dá graças a Deus por ter seguido o conselho de sua querida e saudosa mãe. Em 1980 fundou a Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD) — Distrital de Pinheiros e foi eleito presidente por aclamação por duas gestões. Em fevereiro

Almanaque
Um vocábulo tão sonoro quanto prosaico, que dá título a singelas publicações. Livretos que já tiveram dias de glória em ambiente familiar, como mais acessíveis e céleres fontes de pequenos conhecimentos ou curiosidades. Numa pesquisa despretensiosa, as citações mais comuns atribuem ao termo almanaque origem árabe. Seria um derivativo de almanack. E o significado da palavra sarracena encontra outras tantas variações. Para alguns, pode-se entendê-la como “a conta”. Há também quem compreenda como “o lugar onde os nômades se reuniam para rezar e contar as experiências de viagens ou notícias de terras distantes”. E, para não estender a prosa etimológica, temos a tradução concisa — e livre — que redunda em calendário. O fato é que, mais do que um livro pautado pela cronologia, variações climáticas e lunáticas, oscilações astrológicas ou astronômicas, o almanaque é, sobretudo, aqui pelas bandas ao sul do Equador, um compilado de informações e curiosidades dos infinitos temas e segmentos de interesse global. Sim, pode haver efemérides, fases da lua, previsão do tempo, breves enunciados científicos. Mas nele as anedotas, as amenidades, quem sabe até o fútil — que não é de todo inútil —, convivem em plena harmonia. Essa última versão é a que inspira a obra aqui apresentada. O almanaque eclético, livre de convenções, isento de lastro científico. Uma coletânea de pensamentos, inventos, lamentos, momentos, entremeados pelo humor, pela dor e pelo amor. Mostras da genialidade humana, recordações históricas, símbolos de nossa existência. Razão e emoção. Data venia, senhores leitores, o almanaque em questão pede licença também aos precursores do termo, deixando o tempo e a conta de lado. Assim, para o melhor consumo deste livro, inicie a leitura por qualquer página. Saboreie a liberdade do folhear aleatório.

Edson Renato dos Santos - Jornalista

ENTREVISTA

Olá Dr Arlindo. É um prazer contar com a sua participação no Portal do Escritor.

Do que trata o seu Livro?
O livro ALMANAQUE é uma coletânea constituída de 62 assuntos, sendo ama parte deles já nomeado na própria capa do livro, já indicando a variedade dos textos.

Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
Eu precisei escrever uma sinopse da HISTORIA DA ANESTESIA, que se estende por vários séculos, após esse artigo me veio a ideia de fazer resumos dos vários conhecimentos humano e surgiu então o ALMANAQUE.
Pela quantidade e variedade dos textos, o público da obra é o cidadão ávido por conhecimentos gerais.
O ALMANAQUE é em suma um livro didático..

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
ALMANAQUE é o meu 3° livro. O 1° chamou-se A DANÇA DAS MÁSCARAS com a colaboração de Carlos de Barros o 2° é um resumo dos 100 anos de existência da APCD-Associação Paulista de cirurgiões Dentistas com a colaboração da Dra Odette Mutto.
Na hipótese do 4° livro talvez fale sobre DESTINO existe ou não existe Destino? Eu não acredito em destino, para mim existem as PERSPECTIVAS. O tema que me interessa muito refere-se MUDANÇAS CLIMÁTICAS causas e efeitos.

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
A pergunta em si já é uma resposta, eu não se considero um escritor, mas um cirurgião dentista que gosta de escrever, e como tal eu sento as grandes dificuldades para editar livros, sem apoio financeiro e com perspectivas pouco animadoras sobre o interesse nas obras..

Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
A escolha da SCORTECCI, foi para mim indicada pela Dra. Odette Mutto.

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
A variedade de assuntos inserida no ALMANAQUE é tão grande que é impossível não ter alguns que encantem os leitores e justifiquem a sua leitura.

Maria Cristina Andersen

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