HELOÍSA PRAZERES - AUTORA DO LIVRO "O TEMPO NÃO DETÉM A VIDA"

Heloísa Prazeres é natural de Itabuna, a poeta, ensaísta, pesquisadora e professora, desde cedo encontrou nos livros da biblioteca familiar, e das bibliotecas públicas, o prazer da leitura. Foi a partir do estímulo e contato com obras de autores nacionais e estrangeiros, que desenvolveu sua escrita, especialmente no gênero lírico. Nos anos 2000, publicou ensaios, Temas e Teimas em narrativas baianas do centro-sul, posteriormente, Pequena história, poemas selecionados (2014), Casa onde habitamos, poemas (2016), ensaios, Arcos de sentidos, literatura, tradução e memória cultural (2018) e Tenda acesa, poemas (2020).
Heloísa Prazeres possui extenso histórico no campo das Letras, Bacharel e Licenciada em Letras Vernáculas, Mestre em Letras – Teoria da Literatura – pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Acadêmica (Academia de Letras da Bahia) ela cumpriu o doutorado na University of Cincinnati, OH, Estados Unidos. Foi titular e pesquisadora da Universidade Salvador (UNIFACS) e coordenou o Núcleo de Referência Cultural da Fundação Cultural do Estado da Bahia. Este é o seu quarto livro de poesia.

O tempo não detém a vida
A obra afirma a palavra poética, por meio do signo vida, associado à superação e ao confronto do tempo cronológico. Aborda o desejo de vitória sobre a fragilidade da existência, propondo a vivacidade da criação poética. Poesia lírica, auto ficcional, com recursos sinestésicos, vazada em versos brancos e fluxo criativo em composições curtas. A obra divide-se em três partes: Lume, a elegia da separação amorosa; Sol a pino, revitalização dos signos vitais e união sustentável entre homem e natureza e Na mata, seção dedicada à percepção subjetiva da experiência existencial pela exaltação geopoética.






ENTREVISTA

Olá Heloísa. É um prazer contar, novamente, com a sua participação no Portal do Escritor

Do que trata o seu Livro?
A obra explora temas como superação, confronto do tempo cronológico e a efemeridade da existência. A linguagem empregada afasta a inevitável passagem do tempo, proporcionando uma experiência poetizada que revela compreensão aguçada da sensibilidade contemporânea, sem filtro e com toques de ironia.

Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
O livro, uma experiência poética, presta homenagem ao saudoso artista visual Jamison Pedra, cujas pinturas ilustram esta e muitas outras publicações autorais. Jamison Pedra, ao longo de mais de uma década, contribuiu de maneira singular com a sua expressão fotográfica e imagens pictóricas que acompanham a minha produção. O tempo não detém a vida reúne cinquenta e três poemas, que exploram ritmo, musicalidade e plasticidade, refletindo um trabalho literário marcado pelo labor e intencionalidade. Destina-se a os aficionados ao gênero e a novos, curiosos leitores.

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Em geral, a pessoa que escreve toma a si a responsabilidade social de discussão, transmissão e incentivo ao saber literário e artístico; há interesse e natural dedicação à língua, ao aperfeiçoamento do uso do vernáculo, fortalecimento do hábito da leitura/ divulgação de obras literárias. Este livro une-se a duas obras anteriores de A vigília dos peixes" (2021) e "Tenda acesa" (2020), escritas durante a pandemia da Covid-19. São obras que exploram temas constantes na minha trajetória, naturalmente, então, impactadas pela pandemia, que abalou a comunicação subjetiva e afetou a percepção dos escritores.

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Manifestações de suporte a atividades literárias são raras, são sensíveis mostras da diferença de alguns, em face de caminhos pouco afáveis, que permitissem melhor trânsito da poesia. Sempre privilegiei a leitura e a escrita. A atividade poética associa-se a anseios de comunicação subjetiva e intelectual. Há que insistir, pois que a prática é experiência de afirmação dos afetos. Acolher a poesia é participar da formação do mundo. Este é o meu quinto livro.

Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
A editora possui um perfil consolidado. Naturalmente, a experiência de professora universitária impacta tal conhecimento. Nesses últimos seis anos, trabalho com a editora com exclusividade.

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Agradecida aos leitores e amigos que, prontamente, se manifestam em relação às mostras e lançamentos, que programo e divulgo. Retornos de leitores são vozes assimiladas. Este é o meu quinto livro de poesia, os demais são ensaios. Acolher a poesia é participar da formação do mundo.

Maria Cristina Andersen

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