JOSÉ SERÁFICO - AUTOR DO LIVRO "(DES)ENCONTROS POÉTICOS OU..."

José Seráfico. Nome literário de JOSÉ da Silva SERÁFICO de Assis Carvalho
Nasceu em Belém, PA, em 23-04-1942.
1968 – Professor da UFAM, aposentado como Titular, em 1995.
1968-2014 – Organizações públicas a que esteve vinculado: Comissão de Desenvolvimento Econômico do Amazonas – CODEAMA; Secretaria de Saúde do Estado do Amazonas- SESAU; Superintendência dos Serviços Médicos do Interior do Amazonas – SUSEMI-AM; Secretaria da Fazenda – SEFAZ/AM; Secretaria de Administração de Manaus-SEMAD) e particulares Associação de Crédito e Assistência Rural do Amazonas- ACAR-AM; Mendes Publicidade Ltda; Instituto Euvaldo Lodi-AM; Fundação Amazônica de Defesa da Biosfera- FDB.
Atividades jornalísticas (1971...): A CRÍTICA - editorialista por mais de 20 anos, parte de suas atividades na imprensa, à que se junta a condução de programa (Um Mundo Novo) de entrevistas na televisão da Rede Amazônica
Membro de órgãos coletivos: Conselhos Estaduais de Meio Ambiente e Tecnologia; Entorpecentes; Educação e o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República.
Até 2014 manteve atividades de direção, assessoramento e acadêmicas, entregando-se depois às atividades literárias. No período – 1992-2023, fez livros memorialísticos (Memórias Talvez Precoces; Mais um Pedaço; As Casas que Moram em Mim; Nosso pai João Seraphico); didáticos(Como Funciona a Administração; Métodos e Técnicas de Pesquisa Aplicados à Administração)ensaísticos(A propósito de Ciência e Pesquisa; O desafio Amazônico e mais 12 títulos,4 de poemas.

(Des) Encontros Poéticos ou...
Em quatro partes, o livro contém poemas elaborados como comentários à obra Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa; Dom Quixote, de Cervantes e Pedro Galvão, poeta paraense. Deste, o autor escolheu duas obras, Bissétimas e Salvados, para comentar em prosa e verso os poemas lidos. A quarta parte do livro (Diz que fui por aí...) traz poemas referentes ao Quixote, de cujas imagens em diversos materiais o autor é colecionador; a Saramago e a Fernando Pessoa; e aos poetas JJ Paes Loureiro (paraense) e Aníbal Beça (amazonense, já falecido). O prefácio é do festejado crítico literário e professor aposentado da UFAM e em atividade na Universidade do Estado do Amazonas- UEA, Marcos Frederico Krüger.




ENTREVISTA

Olá José Seráfico. É um prazer contar, novamente, com sua participação no Portal do Escritor

Do que trata o seu Livro?
Meu livro (Des)encontros poéticos ou... contém poemas resultantes da leitura de livros de alguns autores, nem todos, prosadores; nem todos, poetas.

Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
A ideia de tecer comentários a respeito das obras lidas veio-me quando tentava arrumar estantes de livros em uma edícula no fundo do quintal de casa. Nele há poemas feitos a propósito de Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa; de poemas de um poeta paraense, Pedro Galvão, meu amigo desde a adolescência; outros poemas fazem referência a outros escritores em prosa e verso (Aníbal Beça, poeta amazonense já morto; Paes Loureiro, poeta paraense, até hoje meu amigo com mais de 60 anos de amizade; Thiago de Melo, amazonense também, morto idem; José Saramago, Fernando Pessoa, Cervantes). É livro, já se vê, que pode ser lido por qualquer um que goste de ler e de literatura. Não são muitos – eu sei.

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Sou uma espécie de escritor temporão, pois só aos 50 anos publiquei meu primeiro livro, Memórias Talvez Precoces, CEJUP, Belém, PA, 1995. Depois dele, vieram coletâneas de artigos publicados em diversos órgãos de comunicação de Belém, (O Liberal, Jornal do Dia e Diário do Pará) e de Manaus (A Crítica); revistas e boletins especializados (Jornal da Cultura, SBPC; A Voz do Advogado, OAB-AM; Educação, Ciência e Desenvolvimento, Academia de Ciências do Pará; Revista de Estudos Avançados, IEA/USP; etc.). Depois, novos livros: Reflexões de um Eterno Aprendiz e Métodos e Técnicas de Pesquisa Aplicadas à Administração, EDUA, UFAM, Manaus, AM; A Propósito de Ciência e Pesquisa, edição do autor; O Desafio Amazônico, IOEPA; Bússolas e Como Funciona a Administração, Editora Valer, Manaus, AM; João Seraphico, Nosso Pai, Editora Paka-Tatu, Belém, PA; Mais um Pedaço, Editora da Amazônia, Manaus, AM; Sete Mentiras Capitais, Cultural Brasi, Belém, PA; Chamando à Ordem, Editora Scortecci, São Paulo; de poemas, todos pela Scortecci: Aleivosias Poéticas; Nada é (nem será) Tão Feio; Veleidades Poéticas; e o mais recente, de que tratamos no início desta entrevista. As árvores, não apenas uma, tenho-as plantadas no meu quintal – mangueiras, goiabeira, cupuaçuzeiro e jabuticabeira. Filhos, tenho dois, que nos deram – a Graça sendo a minha mulher – quatro netos. Sonhos realizados e tantos a realizar. O sonho é que assegura a vida do vivo. A memória a do morto.

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Relutei muito, até admitir ser chamado de escritor. Pensava que só merece este nome aquele que vive do que escreve. Hoje penso diferente e me considero um escritor-amador. Que escreve porque ama escrever. Em tempos de rede social custa acreditar que os redatores de obras literárias sobrevivam de seu talento. Cada dia eles rareiam mais. Não fossem escritores audaciosos, como João Scortecci e alguns outros, os que não produzem as fake-news a que levam as redes sociais, respeitadas as exceções, todos morreríamos inéditos. E ignorados. Imagino a luta dos que não sabem fazer outra coisa que escrever. Precisaria mais? Pergunto-me a mim mesmo.

Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Cheguei à Scortecci pela mão dessa maldição/bênção que se chama internet.

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Se meu livro merecer ser lido, não sou eu quem o deve dizer. Mas quem já o leu. Como leio desde revista em quadrinhos e bula de remédio, eu o leria, mesmo que não fosse de meu escrevinhar.
Agradeço a atenção e peço ser notificado se - e quando – esta entrevista for postada.
Quem quiser conhecer-me pouco mais, pode acessar www.nagavea.com.br/onauta.

Maria Cristina Andersen
Revista do Livro

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