AZUL, AZUL, AZUL E UMA NUVEM BRANCA / Fernanda Cangerana

Azul, azul, azul e uma nuvem branca conta a história de Durvalino Ferraz de Sá, médico pernambucano, descendente do gigante Golias. A trajetória de vida de Durval começa no sertão pernambucano onde vive sua infância, passa por Recife e chega em São Paulo onde vem cursar a residência em cirurgia. Em São Paulo, Durval conhece Marília, seu primeiro amor, e seus pais, a exótica dona de casa Clotilde e o metódico engenheiro Anacleto. Conhece também Agostinho, um jovem paciente que tem uma existência de desventuras. Assim como na vida real, o romance entre Durval e Marília acontece em concomitância com uma série de outros eventos desviando a atenção dos personagens principais e do leitor. O passado determina o futuro. Nossas crenças, ações e lealdades não são determinadas apenas por experiências pessoais, mas também por aquilo que recebemos de nossos antepassados. Não percebemos a importância dos momentos vividos até que eles se tornem lembranças.

Como poderíamos viver em um mundo no qual não existisse uma carta de Clotilde para Deus? Como poderíamos viver em um mundo no qual não existisse o padre Lourenço e seu telhado com goteiras? Como poderíamos viver em um mundo no qual o gigante Golias não tivesse deixado descendentes? Como poderíamos viver em um mundo no qual não tivesse nascido o Doutor Durval para amenizar a dor da existência de Tinhão Sem Pernas?

Nunca mais parou de dançar. Mesmo depois de muitos anos, a cada evento familiar festivo, casamento ou formatura, o estudante de medicina e, depois, o já formado doutor Durval Ferraz de Sá era esperado ansiosamente por todas as mulheres. Infalível na arte de curar, Durval não deixava escapar nenhuma, dançava com todas: tias, primas, as três irmãs, a mãe e a avó enquanto estiveram vivas. Sempre elegantemente vestido e com muita seriedade, pedia gentilmente se a tia Leopoldina daria a honra de valsar com ele, se prima Quitéria faria a gentileza de acompanhá-lo à pista de baile. Para as animadas Margarete e Marcilene ele apenas fazia um sinal com os dedos, imitando os pés. A mulher mais maltratada, a mais desprezada, a que desconhecia carinho, amor e paixão, qualquer uma delas sentia-se linda quando a música terminava. Os anos passaram e Durval continuou bailando, todos os ritmos, valsa, música orquestrada, bolero, rock, samba, forró, até o frevo do Recife que o deixava pingando suor.

Fernanda Cangerana nasceu em 1969, na cidade de São Paulo, é casada e mãe de uma filha e de um filho. A autora é bióloga, mestre e doutora em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo. Trabalha como professora em regime de tempo integral na Faculdade de Tecnologia de São Paulo, a Fatec, onde atua na linha de pesquisa Meio Ambiente e Saúde Pública. Azul, Azul, Azul e uma Nuvem Branca é o segundo romance escrito por ela, que já publicou Poeira Vermelha.

Serviço:

Azul, Azul, Azul e Uma Nuvem Branca
Fernanda Cangerana

Scortecci Editora
Ficção
ISBN 978-65-5529-646-4
Formato 16 x 23 cm
116 páginas
1ª edição - 2021

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