AS DORES DO MUNDO / Adriana Silva Santiago

Desde que o mundo é mundo, ele carrega suas dores. Muitas delas estão registradas: papéis, documentos, memória. A História é cíclica. Gira, roda e corre em uma estrada cheia de altos e baixos, curvas, precipícios e belas paisagens também. Dizendo assim, parece que a História é uma entidade com vida própria. Na verdade não é. A História é construída por mulheres e homens com seus pensamentos e ações. Nós construímos a História. As dores do mundo – Em tempos sombrios nasce com o intuito de registrar o momento histórico das dores da pandemia do coronavírus, provocador da Covid-19, que matou meio milhão de pessoas, até agora, em nosso país (meio milhão não é um bloco, é meio milhão de uns: pais, mães, irmãos, namorados, filhos, netos, cunhados, amigos. Meio milhão de personalidades distintas e com histórias únicas. Pessoas necessárias e inesquecíveis para milhares de pessoas). Não apenas isso. A obra questiona: precisou aparecer uma pandemia arrasadora para se ver tantas coisas que estavam encobertas. Tanto descaso, fome, falta de dignidade humana, preconceitos, extermínio de indígenas e outros povos marginalizados, agressões ao planeta Terra. De tudo isso trata As dores do mundo – Em tempos sombrios. Trata também do amor à natureza, da confiança em dias melhores. Esses hão de vir, mas não a voar em um tapete mágico ou através de fadas com varinhas de condão. Esses dias só virão através do trabalho de mulheres e de homens conscientes na construção desse mundo. Um mundo melhor para se viver, um mundo de harmonia, entendimento, diálogo, amor, justiça social, educação, de mais livros do que armas. Só assim a paz. Porque a paz também se constrói. Nesse sentido, As dores do mundo – Em tempos sombrios vem para provocar. As perguntas são: que mundo queremos para viver e como estamos contribuindo para isso? Quais as ações? Estamos contribuindo para a construção ou a destruição de nosso planeta Terra? Não nos esqueçamos: a História é cíclica. Dias melhores virão. Mas eles não vêm sozinhos, a pé. Depende de nós. Da nossa vontade. Da nossa construção. Dos nossos encaminhamentos.

Adriana Silva Santiago nasceu em Carangola (MG). Jornalista (UNI-BH/1992), é bacharel em História (PUC-MINAS/2003), escritora, poeta. Participou de várias antologias e publicou três livros: Mar revolto – Poesias e crônicas (2017), Flores e borboletas em meio século de poesia (2019) e O Sapo Jererê e suas aventuras (2019), todos pela Scortecci Editora (SP). Atualmente escreve a coluna “Dicas da Adriana” para a revista literária digital Voo Livre. É membro do grupo literário feminista Mulherio das Letras – Nacional, Portugal e Alemanha, do grupo literário Elas e as Letras e da União Brasileira de Escritores (UBE-SP).
Contato com a autora:
asilvasantiago@yahoo.com.br

Christiane Couve de Murville é doutora em Psicologia Clínica pela Universidade de São Paulo. Publicou a trilogia A Caverna Cristalina e A vida como ela é, no Brasil e na França, a série Até quando? e O Pequeno Príncipe visita São Paulo, além de livros e artigos acadêmicos. Tem experiência artística em escultura, desenho, pintura e cerâmica e faz as ilustrações de seus livros.
www.cmurville.com.br

Serviço:

As Dores do Mundo
Em Tempos Sombrios
Adriana Silva Santiago

Scortecci Editora
Poesia
ISBN 978-65-5529-470-5
Formato 14 x 21 cm 
65 páginas
1ª edição - 2021

Voltar Topo Enviar a um amigo Imprimir Home