JOICE / Nei George Prado



Ela, após a aula, chegou até a sala dos professores, com o propósito de tirar alguma dúvida. Mas não havia dúvida; havia certeza, desde quando fizera chamada nominal, quando a tinha visto num entrecruzar de olhos. Que olhos os dela! Era só confirmação. Tanto que a questão exposta ambos sabiam mero pretexto. Energia. Pura química. A jovialidade latente e a busca da experiência de quem fala fácil e de coisas por descobrir. Apenas uma garota. E era a vida em raios de ouro. Um encontro do que se iria completar em realização – um braço que o retiraria em redescoberta da floresta dos homens.

Com relação ao enredo de Joice, diga-se de passagem, muito bem urdido, tem-se que é algo leve, corriqueiro, mas com ingredientes que certamente mexerão com o imaginário do público-leitor, sobretudo no que tange ao caráter de impropriedade da relação professor-aluno, da relação de um sujeito mais velho com uma garota, e ainda à falta de compostura de um homem casado que se deixa envolver numa relação que colide com os sagrados votos do matrimônio. Tudo isso instigará amplo debate, seguramente; o que acho salutar, tendo em vista o fato de que o vespeiro da moralidade, atingido no seu cerne, não deixará isso por menos.
Benedito Teixeira Gomes - Escritor e compositor, membro fundador e efetivo da Academia Guanambiense de Letras (AGL).

Nei George Prado é baiano, 57 anos, aposentado, de Candiba. Licenciado em Letras Vernáculas (UCSAL) e bacharel em Direito (UFBA), lecionou Comunicação no Colégio João Durval Carneiro (1998/2000) e Literatura na UNEB (1992), em Guanambi (BA). Escreve desde adolescente. Publicou os seguintes livros: A vez que Tatau ficou fraco da cabeça e outras histórias (Scortecci Editora, 2016) e Quando num amanhecer & outros contos juvenis (Câmara Brasileira dos Jovens Escritores, 2013).

Serviço:

Joice
Nei George Prado
Scortecci Editora
Novela
ISBN 978-85-366-6042-4
Formato 12 x 18 cm
68 páginas
1ª edição - 2020
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