LUCAS BARRETO TEIXEIRA - AUTOR DO LIVRO "LÁGRIMAS DE SANGUE"

Lucas Barreto Teixeira nasceu em agosto de 2000 na cidade do Rio de Janeiro, cenário de inspiração para diversas narrativas. Teve outros textos publicados e lança seu primeiro livro, Lágrimas de Sangue e outros contos. Desde pequeno é apaixonado por literatura clássica, cinema, música e cultura popular, de onde tira suas influências.
Em seu blog, O Caderno do Escritor, escreve análises literárias, cinematográficas e filosóficas sobre arte e sociedade.

Lágrimas de Sangue
Paixões insanas, ressentimentos conjugais, sede de guerra, exploração humana, o diálogo constante entre a razão e o sentimento – ou entre o tangível e o sensorial. Lágrimas de Sangue e outros contos é um livro sobre pessoas, em tempos históricos e locais geográficos variados, sem conexão entre si exceto pelo aparente descaso explorados em suas narrativas. Sem considerações românticas ou situações de puro épico, em cada conto os personagens são convidados a dialogar com o leitor, ilustrando de forma crua a situação em que vivem.

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ENTREVISTA

Olá Lucas. É um prazer contar com a sua participação no Portal do Escritor.

Do que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
O livro reúne onze contos sem ligação entre si exceto pela condição que move todas as personagens. A loucura humana, no sentido delirante de Dostoiévski e Quiroga, presente em todos nós, capaz de ser despertada pelo mais improvável acontecimento. Escrevendo ao público jovem e adulto, baseei grande parte das narrativas nas condições sociais vigentes, estruturando todos os contos com conceitos literários clássicos. Acredito que todos os leitores podem se conectar em algum nível nos delírios que incluí nos contos, por conta do caráter subjetivo dos mesmos.

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Ser um escritor sempre e será um grande objetivo em minha vida. Escrevendo desde cedo, lendo muito e estudando sobre o mundo literário - tanto clássico quanto contemporâneo -, acredito que Lágrimas de Sangue é apenas um primeiro passo da carreira que tanto almejo. Enquanto planejo lançamentos no Rio de Janeiro - minha cidade -, em escolas, livrarias e afins, também penso nos próximos projetos, tanto na escrita de contos quanto no amadurecimento de minha escrita para escrever romances.

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Acredito que pior que um escritor no Brasil, é ser um leitor no Brasil. Faltam incentivos à leitura, e os poucos aventureiros que ainda insistem na atividade de ler sofrem discriminação. Faço um paralelo com O triste fim de Policarpo Quaresma, quando o ufanista patriótico é julgado louco e insano por conta de seus hábitos de leitura. É claro que precisamos formar novos leitores, mas antes precisamos atender à demanda atual. Como escritor, na verdade, fico muito feliz de ver a resistência lendo e aprovando meu livro, isso já é muito gratificante para mim.

Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Quando decidi publicar o livro, pesquisei muito sobre o mercado, comparando várias editoras e analisando o custo-benefício. Ao me deparar com a Scortecci, logo conclui que era uma editor profissional, séria e com uma excelente qualidade de produtos no mercado.

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Acredito que a temática de Lágrimas de Sangue abrange a todos, em um nível muito pessoal e subjetivo. É impossível dizer qual é o sentimento que eu espero despertar nos leitores, porque o objetivo do livro é exatamente indagar e atacar a loucura em um nível muito íntimo. Tanto que em cada conto mudo o cenário, as personagens, o período histórico... tudo para abranger o máximo possível e causar um efeito cada vez mais intenso. No entanto, se existe uma mensagem central no livro, acredito que seja algo relacionado com a invisibilidade social, por conta do descaso social dos agentes de nosso cotidiano. Marginalizando os ditos como loucos, acredito que marginalizamos a nós mesmos.

Maria Cristina Andersen
Blog do Escritor

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