JOÃO GOMES DA SILVEIRA - AUTOR DO LIVRO "TROVEJO DE TROVAS"
João Gomes da Silveira nasceu no sítio Canadá, município de Redenção, CE. Certamente por questão de acesso, seu pai registrou-o em Maranguape, terra do historiador Capistrano de Abreu e do humorista Chico Anysio.
Partícipe da Antologia Grupo A. G. U. I. A. (Amigos Unidos Incentivando as Artes, RS), da primeira edição (2009) até 2012.
Publicou Dicionário de expressões populares da língua portuguesa (Martins Fontes, 2010), Bichos intrometidos na boca do povo [Travassos Publicações, 2013/ 2016 (2ª edição)], Cem sonetos insubmissos (idem, 2014), Sonetos em revoada (idem, 2015), Expressionário de falas populares (Scortecci, 2015), As figuras de estilo e termos afins (idem, 2015) e Clarinada de sonetos & outros poemas (idem, 2016).
Tem inédito, na gaveta, Glosario esencial del español popular (bilíngue) e Poesia para a garotada. Pós-graduado em Língua Portuguesa.
Trovejo de Trovas
A trova, também dita quadra ou quadrinha, traz fortíssimo apelo e preferência populares. Grandes poetas, de Camões a Fernando Pessoa e Drummond, todos a cultivaram. Entre tantos trovadores brasileiros, citemos Adelmar Tavares, Amadeu Amaral, Belmiro Braga, Antônio Sales e J. G. de Araújo Jorge.
Trovejo de Trovas, o novo livro de João Gomes da Silveira, é uma coletânea de trovas, uma antologia, no sentido de coleção de textos poéticos. São mais de novecentas trovas rimadas, alternadamente, em estrita ordem alfabética, com versos que seguem o rigor da métrica tradicional, em septissílabos, ou redondilhas maiores, e abordam variados assuntos: amor, bêbado, educação, medo, saudade, tédio etc.
Nesta obra, o lúdico, o jocoso e propriamente o poético se aparceiram, de mãos dadas, fazendo o leitor se emocionar e refletir, rir e chorar, imerso então que se percebe no vasto mundo que o autor nos apresenta.
ENTREVISTA
Olá João. É um prazer contar com a sua participação no Portal do Escritor.
Do que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
Este livro atual trata com exclusividade de trovas.
Como rabisco diversos gêneros de composições poéticas, também fui garatujando algumas trovas, até que deu em um volume de razoável tamanho de 172 páginas.
A obra se destina a todos que admiram a Poesia, em particular aos trovadores e suas associações espalhadas pelo País. Texto leve, de leitura rápida, em geral centrado um num tema, ou assunto, é uma composição lúdica e a todos muito agradável.
Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
TROVEJO DE TROVAS é o nosso oitavo livro. Tenho mesclado linguagem, algo relacionado com as expressões idiomáticas, alternando com alguns opúsculos de poemas.
Sou apenas um diletante, não a veleidade nem sonhos condoreiros de tornar-me um escritor, mas, ao aposentar-me, fui tecendo algo paulatinamente e não pretendo parar. Há muita matéria escrita na gaveta, digo, no micro (risos).
O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Muito se falava que o Brasil é um país que não lê. Isso mudou muito, o fato é que se o livro tem qualidade vende. Vender, entre aspas, no sendo de que será bem aceito. O mercado livreiro e editorial, hoje, é muito fecundo.
Repetindo Fernando Pessoa, penso que Navegar é preciso, os realmente bons autores terão sempre lugar ao sol e as editoras, idem.
Falo dos bons romancistas, dos bons poetas e contistas, dos bons cronistas etc.
Como diletante, repito que sem veleidades condoreiras, nossos livros são apenas contribuições sofríveis às letras.
Na minha pequenez, se tivesse que lhes dizer qual o nosso carro-chefe, apontaria o que publicamos primeiro -- o Dicionário de expressões populares da língua portuguesa, um catatau de 980 páginas, já com razoável lastro na praça.
Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Cheguei à Scortecci pela internet, após já haver publicado quatro tomos por duas outras editoras. Ressalto a extrema organização dessa casa publicadora, onde tudo em editoração decorre com capricho e esmero.
O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Penso que o livro é legível, sim, ou melhor dizendo, pode e deve ser lido por amantes da trova, os bardos e menestréis em geral, mas também pelo público apenas ledor, amante da leveza e literatura lúdica, posto que uma trova -- toda ela -- está envolta em somente quatro versos.
No nosso livro o leitor achará motivo para, dentre as quase novecentas trovas nele existentes, com temas os mais variados, para algum deleite de bons instantes Em ordem alfabética, caros leitores, vocês degustarão assuntos nominados, em trovas, como amor, amizade, saudade, solidão, tristeza, e muito mais.
Maria Cristina Andersen
Blog do Escritor
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