MARTHA MEIRELLES SALOTTI (FILHA DE GERALDO MEIRELLES) - ORGANIZADORA DO LIVRO "BANDEIRA SERTANEJA"

Geraldo Meirelles nasceu em 24/02/26 em Casa Branca, cidade do interior paulista, mas veio para a capital e trabalhou em variadas funções até se fixar como locutor de rádio e após apresentador de rádio e TV com programas essencialmente sertanejos. Durante toda a vida batalhou honestamente por suas metas que se revestiam em elevar um gênero que sofria muito preconceito por ser  música de caipira e se viu realizado por ver essa música cair no gosto de todo o povo independente da classe social. Trabalhou na TV Record com o Canta Viola até 1991 quando se aposentou e voltou a Casa Branca para o devido descanso do guerreiro , mas mesmo lá acabou fazendo um programa de rádio na Difusora de Casa Branca. Faleceu em 05/07/2013 para grande sofrimento de sua família .

Bandeira Sertaneja
A obra conta a história do gênero Sertanejo desde seus primórdios na década de 30 até dados próximos a década de 90, quando este começou a ser aceito em todas as classes sociais, mesclando essa história narra-se fatos da vida de Geraldo Meirelles que foi ferrenho lutador por esse gênero , sendo pioneiro em programas de TV e um dos muito radialistas que apresentava os artistas sertanejos. Conta episódios variados nesta luta
Deu abertura para muitas duplas iniciarem suas carreiras em seus programas destacando-se principalmente Chitãozinho e Xororó dupla esta que teve até seu nome criado por Geraldo e muitas outras que frequentavam o Canta Viola que esteve juntamente com Cidade Sertaneja durante trinta anos no ar. Escreve sobre compositores e músicas e finaliza com dois poemas de sua autoria

ENTREVISTA

Entrevista com Martha Meirelles Salotti, filha de Geraldo Meirelles. Organizadora do livro Bandeira Sertaneja.

Olá Martha. É um prazer contar com a sua participação no Portal do Escritor.

Do que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
O livro trata da vida e luta de Geraldo Meirelles, que batalhou incansavelmente para que as músicas sertanejas fossem reconhecidas com uma das expressões importantes da cultura popular brasileira.
Descreve programas de rádio e TV, arrola duplas, trios e cantores solo deste gênero. Cita dados importantes com a criação do Dia do Sertanejo em Aparecida do Norte criado por ele e embates com críticos da MPB que discriminavam a música sertaneja e outros fatos como o começo da carreira de Chitãozinho e Xororó.
Termina com dois dos poemas de Geraldo e um texto escrito por Martha após a sua morte.
A ideia de escrevê-lo foi de Geraldo que queria deixar registrado para as novas gerações, os primórdios deste gênero.

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Eu atuei na Educação Publica sendo desde professora até os últimos cargos da pasta da Educação do Estado de São Paulo.
Paralelamente sempre acompanhei a carreira de meu pai, trabalhando com ele desde nova na televisão, como Caboclinha do Rancho para auxiliá-lo no palco e mais tarde atuando na produção dos programas.
Este livro de meu pai será o único, uma vez que ele já falecei, talvez em futuras edições eu possa acrescentar novos dados sobre sua vida, pois já estou a recebe-los de pessoas que estão sendo convidadas para o lançamento do mesmo.

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Os novos leitores são formados na infância e percebo que hoje em dia muitos pais e professores não estimulam filhos e alunos a lerem.
Os pais têm maior relevância: aqueles que contam historinhas para as crianças que não sabem ler e depois quando aprendem, as presenteiam com livros interessantes são de vital importância na criação de novos leitores.

Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Através de um colega de trabalho, que editou um livro pela Scortecci, na época a internet não estava muito presente em nossas vidas.

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
O livro merece ser lido pois registra a história da música sertaneja, que hoje tem fãs em todas as classes sociais.
Muito obrigada.

Maria Cristina Andersen
Blog do Escritor

Curta nossa página no Facebook
Facebook

Voltar Topo Enviar a um amigo Imprimir Home