IGNORA(BI)MUS / Jaime Collier Coeli


O autor classificou este livro como uma "dança de etiqueta com a morte", uma arte com raízes na Idade Média que, na língua portuguesa, culminou num auto de Gil Vicente e, mais recentemente, nos Estados Unidos, num livro muito famoso de Kurt Vonnegut, "Matadouro 5". O bailado em questão tem origem em 1572, documentado pelo astrônomo Tyco Brahé, que descreveu o pavoroso suceder de uma super nova. Prossegue na narração que Machado de Assis faz do fim de Humanitas, no romance Quincas Borba. Apagadas as luzes, surgem farelos do sistema de sombras grotescas e trágicas, indicadas por Guimarães Rosa em "um moço muito branco", em 1962. Todos englobados na mesma dança macabra na qual somente o astronauta imagina a imortalidade, conquistada parsec por parsec, mas sem obter informação. Livro impressionante e eficiente sobre a sobrevivência humana no cosmo, ornamentada com exemplar único de metempsicose filosóficas canina.

Jaime Collier Coeli nasceu em 1938, em Campinas (SP). Exerceu o jornalismo em São Paulo, Brasília, Goiânia e Rio de Janeiro. Publicou Blindagem de miosótis (contos - 1977), Ei, amor, você também ama a realidade, não ama? (romance - 1983), Síndrome de anil (romance - 1999), Filosofia sem medo (ensaio - 2000), A saga de Nimuendaju (rapsódia - 2005) e Banalidade (contos - 2014).

Serviço:

Ignora(bi)mus
Jaime Collier Coeli

Scortecci Editora
Contos
ISBN 978-85-366-5346-4
Formato 14 x 21 cm 
116 páginas
1ª edição - 2017
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