JOSIANE FERNANDES AMARO - AUTORA DO LIVRO "A SACERDOTISA E O DEUS DA GUERRA"

Josiane Fernandes Amaro é nascida em Belo Horizonte (MG) no ano de 1987, iniciou-se na literatura assim como nas artes plásticas em tenra idade, aos 4 e 6 anos respectivamente.
É graduada em Administração de Empresas e apreciadora do gênero terror em todas as suas nuances e formas. Foi aos 14 anos vencedora do concurso de poesias As águas na vida em Belo horizonte.
É também autora dos livros de poemas À Ti, Um Réquiem (2012) e Alvida: Réquiem ao Sol da Manhã (2014), ambos publicados pela Editora CBJE do Rio de Janeiro.

A Sacerdotisa e o Deus da Guerra
Uma autopsia na natureza humana, tendo como leito uma província de delírio, hirta, de um cinzento mortiço e o odor pútrido de um cadáver em decomposição; onde o cerne do homem apresenta-se na plenitude de suas vísceras vermelhas.
A província dos loucos, a província sangrenta, a província dos crisântemos, onde uma esfera paralela é buscada tanto através do imaginário quanto através dos tóxicos por aqueles que desejavam se desvencilhar de uma realidade tão torpe quanto suas próprias memórias.
Havia uma regra inviolável naquela casa de paredes de cristal polido: alí enterrava-se seus loucos na mesma sepultura que seus defuntos.
E que não vasculhassem o mundo dos mortos ou as caixas contendo seus segredos, pois de dentro pode emergir a escuridão que a todos deixará em uma infindável noite!

ENTREVISTA

Olá Josiane. É um prazer contar com a sua participação no Portal do Escritor.

Do que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
Trata-se de uma ficção contemporânea voltada para um público mais adulto que aprecie estórias intensas e temas tabus como abuso, insanidade, comportamentos obsessivos; onde as personagens sangram na busca pelo poder, pelo prazer e por vingança. A ideia de escrever A Sacerdotisa e o Deus da Guerra primeiramente surgiu da necessidade de degustar algo que diferisse completamente de tudo que eu já havia lido e também do desejo de desbravar a natureza humana, como em uma autópsia, a fim de encontrar a beleza os cantos mais sombrios do cerne do homem, transportando minhas impressões para o papel na forma de uma estória pulsante, assim como devido ao grande gosto por estórias hardcore.

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
Aos quatro anos de idade meu interesse pela literatura foi despertado de forma repentina, ainda que não compreendesse perfeitamente aquilo que eu me dispunha a ler em livros aleatórios que encontrava pela casa; um belo dia havia simplesmente decidido que queria produzir coisas escritas como aquelas, no decorrer do meu processo de alfabetização esse desejo se intensificou, começando com textos curtos, contos, poemas e então a ficção. A sacerdotisa e o Deus da Guerra é minha terceira obra que foi iniciada em 2011, mas durante um certo período foi abandonada, período no qual produzi dois livros de poemas intitulados: A Ti, Um Réquiem (2012) e Alvida: Réquiem ao Sol da Manhã (2014); após a publicação destes dois retornei à Sacerdotisa, reescrevendo-a duas ou três vezes até que alcançasse o resultado final.

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
O que se observa é que em um país onde a busca por uma leitura de qualidade não parece ser a prioridade da grande maioria das pessoas, um autor que se digna a se manter somente por este recurso precisaria rever seus valores e aderir aos livros totalmente comerciais que agradem a massa e que nem sempre possuem qualidade literária. Caso contrário ele deverá se contentar em levar sua literatura como um hobby ao invés de uma profissão de fato.

Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Conheci através de uma longa pesquisa em busca uma casa literária que atendesse minhas expectativas e me apresentasse um ótimo suporte (que infelizmente não obtive na Editora com a qual trabalhei anteriormente) assim não tive dúvidas quanto a escolha da Scortecci quando a encontrei durante estas pesquisas.

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Tenho a convicção de que a estória da personagem Ikumi Matsuda (protagonista de A Sacerdotisa e o Deus da Guerra) DEVE ser largamente explorada da primeira à última página, cada gota de sangue vertida, cada lágrima derramada por uma personagem que representa com tanta fidelidade incontáveis moças (e crianças) vitimadas pela crueldade de mentes doentias, deve ser conhecida pela maior quantidade de pessoas possíveis, o abuso sexual por pessoas da própria família é um problema social real e presente, deve ser exposto, debatido e combatido, por isso creio que muitas jovens leitoras que assim como a protagonista necessitem demolir seus demônios se identificarão com Ikumi e se libertarão.

Maria Cristina Andersen
Blog do Escritor

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